segunda-feira, 30 de julho de 2012

COLIN FARRELL - Entrevista

Aqui está parte da entrevista de COLIN FARRELL feita ao Jornal O Povo 29/07/2012
O vingador está de volta! | Buchicho Estrela | O POVO Online 

O vingador está de volta!

Em recente passagem pelo Brasil, Colin Farrell conversa com o Buchicho Estrelas sobre o remake de O Vingador do Futuro
Para lançar filmes no Exterior, artistas internacionais do mainstream passam por verdadeiras maratonas. Pingam de país em país, passam pelo tapete vermelho e a fatídica enxurrada de flashes fotográficos, participam das sessões de estreia, dão coletiva para a imprensa local, atendem os fãs...

O cansaço da maratona foi perceptível. Durante a conversa, Colin bocejou bastante, deu longas respiradas e pensou muito antes de responder algumas perguntas, mas foi simpático e muito educado. Ele veio ao país divulgar O Vingador do Futuro (Total Recall), versão de O Exterminador do Futuro (1990), clássico da ficção científica dos anos 1990, estrelado por Arnold Schwarzenegger e Sharon Stone.

Nesta adaptação dirigida por Len Wiseman, que estreia no Brasil no dia 17 de agosto, Colin interpreta Douglas Quaid, um operário que desconhece a verdadeira identidade, muito menos o próprio destino. Submetido a um tratamento mental na empresa Rekall, com o objetivo de transformar seus sonhos em memórias reais, algo no percurso dá errado e Quaid se torna foragido da polícia. Nesta entrevista, o ator relembra a primeira versão, puxa sardinha para a atual e conta que até procurou Arnold Schwarzenegger, mas ele nunca retornou suas ligações.

O POVO – Você lembra a primeira vez que assistiu o Vingador do Futuro?
Colin Farrell – Lembro, claro. Eu era adolescente, tinha uns 13, 14 anos e, como muitos amigos, fiquei fascinado pelo filme. É interessante, porque assisti quando era adolescente e, agora, pude ler o roteiro como adulto, e gostei ainda mais.

OP – Remakes podem se transformar em grandes sucessos ou em verdadeiros fracassos. O que fez você aceitar este desafio?
Colin - Simplesmente fazer um bom filme de entretenimento. Claro, além do processo de fazer o filme, essa questão se complica um pouco. Porque tem a pressão do público, que questiona fazer um filme em que o original foi tão bom e o primeiro foi realmente muito bom. É um daqueles filmes que se justificam por si. Tanto pelo próprio entretenimento, como por despertar a curiosidade do público. É um filme que oferece o suficiente para que os espectadores vejam e sintam através de nós essa história, que é envolvente. E espero que ele surpreenda.

OP – Este filme marca seu retorno à ficção científica, após Minority Report. Você gosta do gênero?
Colin – Este é meu segundo filme inspirado na obra do escritor Philip K. Dick. Ele é um escritor extraordinário. É alguém que parece entender os sistemas que existem por baixo da superfície, por baixo do que a sociedade consegue enxergar. De como nós, seres humanos, não somos tão livres o quanto pensamos, de como somos incapazes de tomar mais decisões na nossa vida pessoal, do que acreditamos ser possível fazer. E muito do que ele escreveu nos anos 1960 ainda acontece hoje. Claro, é ficção científica, mas para mim faz sentido que os cineastas tentem ir além do presente e além do que a própria história diz. Que possam criticar algumas coisas que acontecem hoje no mundo e relacionar com fatos que podem desencadear no futuro.

OP – O Vingador do Futuro foi lançado há não muito tempo. O que faz valer esta versão? Quais são as principais diferenças entre os filmes?
Colin – Existem duas grandes diferenças entre Total Recall e o remake. Para mim, o tom e o olhar deste filme que, na minha opinião, é bem diferente ao anterior. O advento da tecnologia também possibilitou a recriação de um mundo mais rápido e mais detalhado, que parece muito real. A tecnologia que estão usando neste filme é incrível.

OP – Quais as principais diferenças entre o Quaid de Arnold Schwarzenegger e este interpretado por você? Vocês chegaram a se encontrar?
Colin – Não, acho que o encontrei uns oito anos atrás, mas não para O Vingador do Futuro. Até o procurei, mas acho que ele não estava interessado nesta adaptação, não chegou a me retornar. E, na verdade, você não precisa de dicas, precisa contar uma boa história e dar o melhor de você.

OP – Existem diferenças entre os dois personagens?
Colin – Não, não... O Quaid é um personagem que está tentando descobrir quem realmente é. Ele levava uma vida normal, tinha um emprego, uma esposa, tudo era real e ele achava que sabia da sua vida e da sua história. Então eles são personagem muito similares. Agora, tirando os 100 quilos de músculos rsrs

 4 filmes
Confira alguns papéis marcantes na carreira do ator

Em Por um Fio (2002), Farrell interpreta Stu Shepard, um publicitário encurralado em uma cabine telefônica por um atirador. (Filme instigante, faz você pensar em como acabar com o seu namorado/marido se ele tiver lhe traindo).

Com direção de Terrence Malick, O Novo Mundo (2005) toma inspiração nas figuras histórias do capitão John Smith (vivido por Farrell) e Pocahontas. (Chato porque é cansativo, muito extenso, a história não prende você e se arrasta. Dormi algumas vezes durante o filme e não me lembro do final)

Dirigido por Oliver Stone, em Alexandre (2004) Colin Farrel interpreta Alexandre, O Grande, o mais célebre conquistador do mundo antigo.(Olha gente, eu tentei. Mas Alexandre não é cativante. A história é interessante, mas... Acho que vou assistir de novo.)

Baseado na famosa série de televisão dos anos 1980, em Miami Vice (2006) o ator vive o detetive James “Sonny” Crockett. (Não assisti.)
 
Elisa Parente elisa@opovo.com.b

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