360 de Fernando Meireles

360 conta com um elenco muito bom, como vocês podem ver: Anthony Hopkins (Thor), Jude Law (Sherlock Holmes), Rachel Weisz (A Múmia), Maria Flor (Xingu). Eu poderia por a sinopse do filme, mas leia o que Meireles fala do filme, acho que já dá um gostinho.

O diretor de passagem em Fortaleza concedeu entrevista ao Jornal O Povo. Aqui está apenas um pequeno trecho que fala sobre seu novo filme. Não deixe de conferir a entrevista completa no site do jornal.

OP – Seu novo filme, mais uma vez, é um projeto internacional. Eu queria que você falasse sobre 360.

Meirelles –Esse filme é um roteiro do Peter Morgan, que escreveu A Rainha, que ganhou o Oscar de Melhor Roteiro, e também O Último Rei da Escócia... É um roteirista bacana, sólido, inglês, e essa é uma história original dele. Acho que é o primeiro filme que eu fiz que não é adaptação de um livro. O Peter viaja muito. Ele mora em Viena, trabalha em Los Angeles e Londres. Então toda semana ele pega um voo para algum lugar. Então, ele fez um filme que se passa muito em aeroporto, com pessoas em trânsito, e como as pessoas estão conectadas ao redor do mundo. O ponto de partida dele foi uma peça de teatro do Arthur Schnitzler, dramaturgo austríaco, que chama La Ronde. La Ronde é uma história que você tem uma prostituta, que transa com um soldado, que transa com a patroa, que transa com fulano e vai e vai vai até o último cara... São nove histórias de um transando com outro até dar a volta completa. Esse filme tem um pouquinho essa estrutura. Uma pessoa que conhece uma, que conhece a outra, que conhece a outra. Na verdade, o primeiro encontro afeta a vida da última pessoa lá. Ele mostra um pouquinho como todas nossas vidas estão conectadas. É sobre esse mundo contemporâneo, conectado, né? A gente pensou em fazer um filme mostrando a conexão do mundo do ponto de vista afetivo. Os personagens são pessoas boas que querem fazer a coisa certa, mas como têm desejos, os desejos desviam...

OP – O lançamento mundial é em agosto?

Meirelles – Em agosto, dia 16, lança nos Estados Unidos e no Brasil, e também em agosto já está lançando em alguns países da Europa. É, não chega a ser mundial, mas em grande parte dos territórios. 

OP – E aí você volta à maratona...

Meirelles – Não! Dessa vez eu fui esperto (risos). No Brasil eu vou ter só três dias de divulgação, eu combinei. E na Europa eu vou agora em fim de junho, passo dois dias na Alemanha, dois dias na França, dois dias na Áustria e um dia na Inglaterra. É isso, sete dias. É o que eu topo fazer, se quer, quer, não quer, tem quem queira. Naquela cilada eu não caio mais.

OP – Para poder continuar filmando?

Meirelles – Para poder continuar vivendo!


Agora eu que eu o assisti e posso falar que eu gostei muito. O filme é cheio de perguntas que você pessoalmente tem que responder, bem no seu íntimo. Os personagens que mais me prendeu foram: o da Maria Flor que estava linda demais e tão meiga e tão adorável. Cansada da traição do namorado, ela resolve deixá-lo em Londres e voltar par ao Rio de Janeiro. No caminho, ela outros dois personagens que me cativou Antony Hopkins e Ben Foster. O primeiro estava à procura de sua filha que desapareceu e tem muitas chances dela já estar morta e o outro acabara de sair da cadeia, ele cumpriu pena por estupro e que admite não estar totalmente preparado para encarar a sociedade. Já deu para notar que o pavor que tive quando os dois personagens ficam só em um quarto de hotel é angustiante. Então, acho que va