sábado, 4 de junho de 2016

Maratona Star Wars!!

No Cine São Luís, em Fortaleza-CE, Brasil.

Neste mês teremos uma maratona 
dos filmes da Saga Star Wars de George Lucas, pelo menos dos quatro últimos, com entrada gratuita. Veja a programação de acordo com o site da Secult.



25/06 (sábado)

10h - Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança

Dirigido por George Lucas | Ficção Científica | EUA | 2h01 | 1978
(Entrada Gratuita | Classificação Indicativa: 12 anos | Legendado)

Sinopse: Luke Skywalker (Mark Hammil) sonha ir para a Academia como seus amigos, mas se vê envolvido em uma guerra intergalática quando seu tio compra dois robôs e com eles encontra uma mensagem da princesa Leia Organa (Carrie Fisher) para o jedi Obi-Wan Kenobi (Alec Guiness) sobre os planos da construção da Estrela da Morte, uma gigantesca estação espacial com capacidade para destruir um planeta. Luke então se junta aos cavaleiros jedi e a Hans Solo (Harrison Ford), um mercenário, para tentar destruir esta terrível ameaça ao lado dos membros da resistência.


13h - Star Wars Episódio V: O Império Contra-Ataca

Dirigido por Irvin Kershner | Ficção Científica | EUA | 2h04 | 1980
(Entrada Gratuita | Classificação Indicativa: 12 anos | Legendado)

Sinopse: As forças imperais comandadas por Darth Vader (David Prowse) lançam um ataque contra os membros da resistência, que são obrigados a fugir. Enquanto isso Luke Skywalker (Mark Hamill) tenta encontrar o Mestre Yoda, que poderá ensiná-lo a dominar a "Força" e torná-lo um cavaleiro jedi. No entanto, Darth Vader planeja levá-lo para o lado negro da "Força".



 15h30 - Star Wars Episódio VI: O Retorno do Jedi

Dirigido por Richard Marquand | Ficção Científica | EUA | 2h13 | 1983
(Entrada Gratuita | Classificação Indicativa: 12 anos | Legendado)

Sinopse: O imperador (Ian McDiarmid) está supervisionando a construção de uma nova Estrela da Morte. Enquanto isso Luke Skywalker (Mark Hamill) liberta Han Solo (Harrison Ford) e a Princesa Leia (Carrie Fisher) das mãos de Jaba, o pior bandido das galáxias. Luke só se tornará um cavaleiro jedi quando destruir Darth Vader, que ainda pretende atraí-lo para o lado negro da "Força". No entanto a luta entre os dois vai revelar um inesperado segredo.



18h15 - Star Wars Episódio VII: O Despertar da Força

Dirigido por J.J. Abrams | Ficção Científica | EUA | 2h15 | 2015
(Entrada Gratuita | Classificação Indicativa: 12 anos | Legendado)

Sinopse: Três décadas após a derrota do Império Galáctico, uma nova ameaça surge. A Primeira Ordem tenta governar a galáxia e só um novo grupo de heróis, juntamente com a ajuda da Resistência, pode detê-los.


Haverá um esquema de distribuição de ingressos, além do mais não vai caber todo mundo, né? Então, temos que ficar atentos ao site da Secult (CE) e ao Facebook da Secult, também para não perder essa!!!

domingo, 29 de maio de 2016

30 anos de Curtindo a Vida Adoidado

Por Neilania e Neivania Rodrigues

Contém alta voltagem de Spoiler


Este ano, um dos maiores clássicos dos filmes de adolescentes e que marcou a vida de muita gente por aí, Curtindo a Vida Adoidado[1] estará completando 30 anos. Hoje, campeão das Sessões da Tarde e sem exageros, um cult

Se você assistiu e vem com o discurso que “são apenas garotos que estão matando aula”, então, você não teve adolescência ou não entendeu a mensagem do filme. Não é sobre “matar aula”, é sobre relações de amizade, de família e também na escola e, porque não, viver um pouco perigosamente. Eles sequer pensam em fazer isso todo dia ou passar a viver em um eterno "day off" (dia de folga). 
Veja o filme:
Matthew Broderick é Ferris Bueller um garoto que alegre, que na escola consegue transitar por todos os grupos: atletas; nerds; e esquisitos de plantão (legitimamente agradando gregos e troianos, quem nunca?). 

Uma manhã ele acorda achando o dia está lindo e resolve não ir à escola para “melhor aproveitá-lo”. Mas ele não pretende fazer isso só e convence o melhor amigo Cameron Frye (Alan Ruck) e a sua namorada, Sloane Peterson (Mia Sara) a acompanha-lo na jornada também. 
Ele finge que está doente, convencendo os pais, Katie Bueller (Cindy Pickett) e Tom Bueller (Lyman Ward) a ligar para a escola e dispensá-lo, o que deixa furiosa a irmã, Jeanie Bueller (Jennifer Grey) do mesmo. 
Ela é “obrigada” a ir à escola, segundo a mesma, mesmo que estivesse morrendo, enquanto o irmão se prepara para o dia.
A escola é pintada como algo chato, estudantes abobados, professores chatos e desmotivados, mas Bueller é uma festa. Todos o amam e até fazem campanha para arrecadar dinheiro para um órgão quando sabem que ele estaria doente. 
Apenas a irmã e o diretor da escola, Ed Rooney (Jeffrey Jones) sabem quem é Ferris de “verdade”, ou pelo menos pensam. 
Enquanto a irmã se revolta e acaba indo parar na delegacia onde tem um encontro com sua própria verdade, os três festivos garotos visitam lugares interessantes pela cidade tal como ver de um prédio bem alto as ruas embaixo e um museu. 


Eles também almoçam em um restaurante caro, assistem a uma partida de baseball, participam de uma parada onde Bueller ainda canta, tornando essa parte icônica. 
Eles enganam, mas também são enganados e depois eles têm que enfrentar e pagar pelos seus erros.
A todo o momento, Ferris interrompe a ação para falar com o espectador, explicar seus motivos e fazê-lo entender qual a finalidade de tudo aquilo. É um dos primeiros filmes a que quebrar a quarta parede[2], ou seja, o personagem fala diretamente ao público.

Bueller também fala de decisões que todos terão que tomar para o futuro e que não podem fugir disso. Fala de enfrentamento social e relacionamentos de família. Fala também de paz, pois segundo o garoto: “os ‘ismos’ não são bons. A pessoa não deve acreditar em ‘ismo’, mas em si mesmos e nas pessoas”.
O filme não é sobre você matar aula sempre que o dia tiver bonito, mas saber aproveita-lo, ou quando fazê-lo. Tem diversas coisas positivas: eles pretendem fazer faculdade; Cameron deve tentar enfrentar seus pais que são rigorosos; e as ações dos jovens permitem que a irmã invejosa de Bueller descubra-se uma pessoa que ama o irmão e que o grande problema de sua vida é a forma como ela se vê e ao mundo ao seu redor.

O diretor da escola que persegue os garotos representa uma sociedade engessada, que parece nos empurrar o tempo apenas em uma direção e um único caminho, enquanto Ferris nos diz, há muitas coisas a nosso redor e não podemos perder isso nunca de vista. Não se está defendendo que ele enganou os pais, o diretor, burlou as nove faltas e mais outras coisas politicamente incorretas, mas nos dá aquele gosto que às vezes podemos e até devemos jogar as coisas para o alto e apenas aproveitar o dia.
Nunca há como se esquecer de Ferris em cima do carro cantando Twist and Shout (The Beatles)dos Beatles, enquanto seu pai (um desses caras tranquilões e que vai levar 15 dias para morrer de repente) dançando.
O final é tão clássico que até o Deadpool (2016) o imitou, muito bom! Veja o filme e escolha um day off para você. Veja se consegue fazer pelo menos a metade.
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[1] Lançado nos EUA, 11/06/1986 e no Brasil, 19/12/1986. 
[2] "A quarta parede é a barreira imaginária que separa os personagens do público. A ação de uma peça, filme ou série acontece dentro dessas quatro paredes. Quando essa "caixa" é rompida, acaba a ilusão de que o que se está vivendo (personagem)/ vendo (público) é real. A quarta parede é a barreira imaginária que separa os personagens do público. A ação de uma peça, filme ou série acontece dentro dessas quatro paredes. Quando essa "caixa" é rompida, acaba a ilusão de que o que se está vivendo (personagem)/ vendo (público) é real". BRIDI, Natália. 15 filmes que quebram a quarta parede: Quando o cinema fala com você. 12/02/2016. Omelete. Filmes.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Voltas que o Cinema dá


Por Neilania Rodrigues

Um dia desses eu estava sem ter muito o que fazer e resolvi ligar a Netflix e procurar algo para assistir. Eu tenho que dizer que me divirto muito com algumas classificações que aparecem nesse serviço, como uma que diz: “filmes petrificantes!” É muito engraçado. Em meu perfil tem muitos filmes de terror e suspense que são os meus preferidos. Mas bem, depois de rodar por diferentes tipos de filmes por acaso, encontrei um filme feito que acho que foi feito para a TV, A Vingança de Wyatt Earp, de 2012. Faroeste não é bem o meu gênero, mas tenho alguns preferidos aí também, então resolvi assistir. Mas o interessante desse filme é que tem o Val Kilmer, para quem não lembra, ele foi um dos Batmans, no sonolento, Batman Eternamente, de 1995 e também foi Jim Morrison (numa caracterização impressionante!), no filme The Doors, de 1991. 
A Vingança de Wyatt Earp
Faroeste não é bem o meu gênero, mas tenho alguns preferidos aí também, então resolvi assistir. Mas o interessante desse filme é que tem o Val Kilmer, para quem não lembra, ele foi um dos Batmans, no sonolento, Batman Eternamente, de 1995 e também foi Jim Morrison (numa caracterização impressionante!), no filme The Doors, de 1991.


O que tem esse filme de diferente? Nada. Nessa história, Wyatt Earp, já velho e agora sozinho, após o falecimento de sua amada, concede a um jovem repórter uma entrevista onde relembra um caso de sua juventude. Bem simples. Então porque fiquei interessada? Eu lembrei que o Val Kilmer já havia trabalhado em outro filme também sobre Wyatt Earp, só que naquela produção de 1993, chamada Tombstone, a justiça está chegando, o xerife era interpretado por Kurt Russel, escondido atrás de um gigantesco bigode. O Val era Doc Holliday, amigo de longa data do xerife.
É fascinante essa volta que o mundo do cinema dá. Val Kilmer retornar na pele de Wyatt Earp quase 20 anos depois de ter participado de um filme sobre o mesmo. Foi assim que surgiu a ideia para este post, partindo desse ponto, fui atrás de outras curiosidades sobre filmes e astros.
Assim vamos a algumas dessas curiosidades.
Sherlock
Sabemos que alguns personagens, sejam eles reais, como Wyatt Earp, ou fictícios como Sherlock Holmes sempre são revisitados, às vezes, em séries ou filmes para a TV ou mesmo em produções cinematográficas que de acordo com a grande onda agora, pode se tornar uma franquia dependendo do sucesso.
Sherlock Holmes
Aproveitando que eu já falei sobre Sherlock Holmes, vamos visitar as curiosidades que encontrei envolvendo os quatros intérpretes mais recentes, três ingleses e um americano. Benedict Cumberbach estrela a série da BBC que começou em 2010; Robert Downey Jr. viveu o personagem duas vezes no cinema em 2009 e 2011 e deve voltar para um terceiro. Ian McKellen, que em 2015, apareceu como um velho Holmes desiludido e cansado em Sr. Holmes. Jonny Lee Miller atua na série Elementary desde 2012 para um canal americano. 


Sr. Holmes

Três dos quatro agora fazem parte do universo de heróis, Homem de Ferro, Dr. Estranho e Magneto. E os mesmos três estiveram em produções que retratavam o Rei Ricardo III: McKellen e Downey Jr. atuaram juntos em Ricardo III, de 1995, onde a peça clássica foi modernizada e trazida para o período fascista; e Cumberbach viveu a montagem clássica para a BBC, em The Hollow Crown, 2016.  

Ricardo III
Ricardo III
Outra curiosidade é que Benedict começou Sherlock em 2010 e em 2011 ele estrelou a peça Frankenstein, onde dividiu e alternou os papeis do Dr. Victor Frankenstein e da criatura com Jonny Lee Miller, que se tornaria o Holmes da série americana em 2012. 
E vale lembrar que Robert é um Holmes americano com Watson inglês (Jude Law) e o Jonny, um Holmes inglês com uma Watson americana (Lucy Liu).
Elementary
O icônico Jack Ryan já teve cinco filmes e quatro atores já fizeram o personagem, sendo todos americanos.
Vamos a eles: Harrison Ford e Alec Baldwin que trabalharam juntos em Uma secretária de futuro de 1989. No ano seguinte, Baldwin foi Jack Ryan em Caçada ao Outubro Vermelho (1990), co-estrelado por Sean Connery
Dois anos depois, foi a vez de Harrison Ford encarnar Ryan por duas vezes, em 1992 com Jogos Patrióticos e em 1994 em Perigo Real e Imediato. Em 2001, Baldwin e Ben Affleck trabalharam juntos no filme Pearl Harbor (2001). Adivinha qual personagem o Ben fez no ano seguinte? Pois é, em 2002, Affleck trabalhou com Morgan Freeman em A Soma de Todos os Medos, sendo o Jack Ryan. Pois bem, em 2006, Ben Affleck fez o filme A Última Cartada, no elenco estava Chris Pine. Já deu para entender, não é? Em 2014, Pine se tornou o agente no bom Operação Sombra – Jack Ryan.
Não vamos deixar as mulheres de lado: Rainha Elizabeth I.
Shakespeare Apaixonado
Judi Dench vestiu o manto real no filme Shakespeare Apaixonado de 1998. Cate Blachett foi, por duas vezes, a rainha, em Elizabeth, também de 1998 e depois em Elizabeth, A Era de Ouro, em 2007. As duas atrizes foram indicadas ao Oscar em 1999 pelo mesmo personagem. Cate Blanchett como atriz principal e Judi Dench como coadjuvante. 
Elizabeth

Notes on a scandal 
Judi ganhou naquele ano seu Oscar, mas Cate perdeu para Gwyneth Palthrow. As duas rainhas se encontrariam depois no filme Notes on a scandal (sem título para português) de 2006, no qual as duas foram indicadas ao Oscar, agora invertendo as indicações, Dench para melhor atriz e Cate para coadjuvante, porém ambas perderam. Curiosamente, Judi Dench perdeu o Oscar para Helen Mirren que interpretou a rainha Elizabeth II, no filme A Rainha, 2006. 
Robin Hood
Mais uma? Vamos voltar a Inglaterra: Robin Hood. 
O fora da lei inglês já esteve no cinema várias vezes. Entre os atores que foram o “bandido” estão Kevin Costner em Robin Hood, O Príncipe dos Ladrões de 1991. E em 2010, quem usou o arco foi o ator Russel Crowe, em Robin Hood
O Homem de Aço
Tirando o fato de que nenhum dos dois é inglês, o legal é que eles se encontrariam, mais ou menos em 2013, no filme Homem de Aço. Os dois foram pais do herói, Russel Crowe foi Jor-El, pai biológico do herói e Kevin Costner foi Jonathan Kent, pai adotivo.
Outro caso, agora com Indiana Jones.
A Costa do Mosquito
Em 1986, Harrison Ford fez o filme A Costa do Mosquito, onde ele era um inventor excêntrico que vai para a floresta e leva o filho interpretado por River Phoenix. Em 1989, o diretor Steven Spielberg precisou de alguém para ser o jovem Indiana Jones na continuação da franquia Indiana Jones e a Última Cruzada e o escolhido? River Phoenix.

Indyana Jones
E por fim, todos já estamos cansados de ver comentários sobre Evan Peters e Aaron Taylor-Johnson que trabalharam em Kick Ass de 2010 e depois viveram o personagem Mercúrio em duas produções, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido de 2014 e Vingadores: A Era de Ultron, de 2015. Mas tem uma outra curiosidade envolvendo o Aaron que achei bem mais legal. 
Kick Ass

Mercúrios
Em 1997, Sean Bean (O Senhor dos Anéis: A sociedade do Anel – 2001), foi o Conde Alexei Vronsky em uma produção de Anna Karenina, baseada na obra homônima de Liev Tosltói. Bem, em 2002 ele fez um pintor e pai viúvo no filme para a TV inglesa chamado Tom & Thomas. Quem interpretou o filho de Sean Bean, na verdade, fazendo o papel de gêmeos foi o Aaron Taylor-Johnson, que em 2012, viveu o mesmo Conde Vronsky em outra película que adaptou o clássico literário.
Claro que há muitas outras dessas coincidências engraçadas, mas eu vou ficar por aqui. Essas são as minhas e você tem alguma? Compartilhe com a gente.

domingo, 15 de maio de 2016

Capitão América: Guerra Civil (2016)

Por Neilania e Neivania Rodrigues


Sim, senhoras e senhores, Capitão América: Guerra Civil é mais um dos filmes da franquia da Marvel/Disney, que teve início lá atrás com o Homem de Ferro (2008), sendo este o mais sombrio de todos e, tudo o que foi prometido em Vingadores 2, é concretizado aqui, onde desde o início sentimos um clima de ruptura apesar dos costumeiros diálogos engraçados.
A ideia aqui agora, mais do nunca, é proteger as pessoas de ameaças tais como invasões alienígenas, organizações terroristas (Hydra) e por aí vai. Mas de quem é a responsabilidade pelos danos colaterais? Quem deve responder pelos mortos? 
Capitão América acredita que se deve salvar a maioria de pessoas, e mesmo não sendo possível, não se deve desistir. Ele é um soldado e aceita perdas com a calma de quem já viu acontecer muitas vezes. 
Tony Stark não acha que mortes sejam aceitáveis, como a figura mais pública e financiador do grupo, ele é atormentado por seu passado e por novos fantasmas trazidos a eles pelos que sofreram perdas durante as ações dos Vingadores. 

Stark quer ser um herói, seu ego o impulsiona, mas ele não deseja o lado sombrio dessa situação. É difícil pensar que ele tem uma parcela significativa na tragédia de Sokovia, pois ele ajudou a criar o Ultron, e por atos anteriores, até os atos dos irmãos Maximoff é parte responsabilidade dele. Assim, o tratado de Sokovia vem como uma maneira de transferir as decisões difíceis, além do ônus da culpa pelas eventuais mortes, deixando isso para a ONU. Em outras palavras, os heróis só trabalhariam onde e quando a instituição quisesse, dessa forma se alguém morresse durante as suas missões estaria tudo bem, certo? Errado. Ninguém poderia "reclamar", pois teriam o respaldo da ONU.
Mas tudo isso fica de pano de fundo para se discutir sobre amizade, lealdade, culpa e até amor. As amizades são postas a prova: até onde você pode ir para se manter leal aos amigos? Quem é mais digno de ser ajudado? Até aonde ir para se proteger alguém? As perguntas são lançadas, se serão respondidas a contento ou se todos sairão ilesos ou não, só vendo.

O filme tem um roteiro com reviravoltas interessantes, e o melhor, não escolhe um caminho fácil para finalizar. Na verdade, podemos sentir que tudo o que foi colocado ficou em aberto aguardando um novo episódio.

sábado, 14 de maio de 2016

Divertida Mente (2015)


“Já pensou o que se passa na cabeça de uma pessoa? Eu sei, pelo menos, a da Riley.” E assim começa essa animação que é um dos filmes da Pixar[1] que mais diverte a criançada e que os psicólogos piram.
Riley é uma garotinha que terá que se adaptar a uma nova vida quando se muda para outro estado com os pais. A história se passa dentro, na mente da garotinha precisamente, e fora da personagem também. Nela, vemos que decisões tomadas sem um motivo aparente podem ser apenas mecanismos de defesa, como não comer brócolis, por exemplo, que tem uma aparência, talvez não muito agradável para as crianças.

Na mente da pequena Riley, a primeira a nascer é a Alegria e existe um painel com apenas um botão e, após a primeira memoria ser criada, passa por engrenagens bem complexas. Logo em seguida, a menina cresce e o painel aumenta com uma maior quantidade de botões e engrenagens mais complexas ainda. Seus sentidos: Alegria, Medo, Raiva, Nojinho e Tristeza reagem e trabalham, muitas vezes em conjunto, outras... nem tanto.

A criação de memorias base são aquelas que remetem a um momento importante da vida da pessoa e, cada uma molda um aspecto da personalidade, como a ilha da família, por exemplo. Isto é, essa ilha é todo o significado de família que a pessoa tem. A perda de alguns desses sentimentos como a alegria ou a tristeza torna a pessoa apática, depressiva. Riley sofre por não sentir nem alegria ou tristeza, apenas raiva, medo e nojo. 

Isso ocorre quando a Alegria tenta salvar as memórias básicas da Riley da Tristeza que insiste em tocá-las. A aventura adentra pela cabeça da menina que mostra lugares no mínimo inusitados tais como: a máquina para compreender sentimentos abstratos incompreendidos, como a solidão, onde são fragmentados, desconstruídos, se tornam bidimensionais e, por fim, tornam-se formas simples até desaparecerem (eu acho); a terra da imaginação; o subconsciente, onde são levados (objetos, pessoas) que causam problemas e também se guardam os piores medos; o lugar da produção dos sonhos; e o local que é um achado (!), a terra do esquecimento, várias lembranças que ficam lá desbotam até desaparecer.

O filme abre várias discussões tais como: o ser humano pode ser feliz o tempo todo? Ou ficar triste todo o tempo? Ou do mesmo jeito ter medo o tempo todo? O que é preciso para ser feliz de verdade? Segundo Buda, o caminho certo é o caminho do meio. O equilíbrio do ser e da alma.
Não é só na cabeça de Riley que mostra o que se passa, mas comicamente é mostrada a cabeça da mãe, do pai e do futuro pretendente da Riley. Muito, muito bom!!





Na mente da mãe... 


Na mente do pai... 


Na mente do garoto...









[1] Pixar Animation Studios é uma empresa de animação digital norte-americana pertencente à The Walt Disney Company.