domingo, 29 de maio de 2016

30 anos de Curtindo a Vida Adoidado

Por Neilania e Neivania Rodrigues

Contém alta voltagem de Spoiler


Este ano, um dos maiores clássicos dos filmes de adolescentes e que marcou a vida de muita gente por aí, Curtindo a Vida Adoidado[1] estará completando 30 anos. Hoje, campeão das Sessões da Tarde e sem exageros, um cult

Se você assistiu e vem com o discurso que “são apenas garotos que estão matando aula”, então, você não teve adolescência ou não entendeu a mensagem do filme. Não é sobre “matar aula”, é sobre relações de amizade, de família e também na escola e, porque não, viver um pouco perigosamente. Eles sequer pensam em fazer isso todo dia ou passar a viver em um eterno "day off" (dia de folga). 
Veja o filme:
Matthew Broderick é Ferris Bueller um garoto que alegre, que na escola consegue transitar por todos os grupos: atletas; nerds; e esquisitos de plantão (legitimamente agradando gregos e troianos, quem nunca?). 

Uma manhã ele acorda achando o dia está lindo e resolve não ir à escola para “melhor aproveitá-lo”. Mas ele não pretende fazer isso só e convence o melhor amigo Cameron Frye (Alan Ruck) e a sua namorada, Sloane Peterson (Mia Sara) a acompanha-lo na jornada também. 
Ele finge que está doente, convencendo os pais, Katie Bueller (Cindy Pickett) e Tom Bueller (Lyman Ward) a ligar para a escola e dispensá-lo, o que deixa furiosa a irmã, Jeanie Bueller (Jennifer Grey) do mesmo. 
Ela é “obrigada” a ir à escola, segundo a mesma, mesmo que estivesse morrendo, enquanto o irmão se prepara para o dia.
A escola é pintada como algo chato, estudantes abobados, professores chatos e desmotivados, mas Bueller é uma festa. Todos o amam e até fazem campanha para arrecadar dinheiro para um órgão quando sabem que ele estaria doente. 
Apenas a irmã e o diretor da escola, Ed Rooney (Jeffrey Jones) sabem quem é Ferris de “verdade”, ou pelo menos pensam. 
Enquanto a irmã se revolta e acaba indo parar na delegacia onde tem um encontro com sua própria verdade, os três festivos garotos visitam lugares interessantes pela cidade tal como ver de um prédio bem alto as ruas embaixo e um museu. 


Eles também almoçam em um restaurante caro, assistem a uma partida de baseball, participam de uma parada onde Bueller ainda canta, tornando essa parte icônica. 
Eles enganam, mas também são enganados e depois eles têm que enfrentar e pagar pelos seus erros.
A todo o momento, Ferris interrompe a ação para falar com o espectador, explicar seus motivos e fazê-lo entender qual a finalidade de tudo aquilo. É um dos primeiros filmes a que quebrar a quarta parede[2], ou seja, o personagem fala diretamente ao público.

Bueller também fala de decisões que todos terão que tomar para o futuro e que não podem fugir disso. Fala de enfrentamento social e relacionamentos de família. Fala também de paz, pois segundo o garoto: “os ‘ismos’ não são bons. A pessoa não deve acreditar em ‘ismo’, mas em si mesmos e nas pessoas”.
O filme não é sobre você matar aula sempre que o dia tiver bonito, mas saber aproveita-lo, ou quando fazê-lo. Tem diversas coisas positivas: eles pretendem fazer faculdade; Cameron deve tentar enfrentar seus pais que são rigorosos; e as ações dos jovens permitem que a irmã invejosa de Bueller descubra-se uma pessoa que ama o irmão e que o grande problema de sua vida é a forma como ela se vê e ao mundo ao seu redor.

O diretor da escola que persegue os garotos representa uma sociedade engessada, que parece nos empurrar o tempo apenas em uma direção e um único caminho, enquanto Ferris nos diz, há muitas coisas a nosso redor e não podemos perder isso nunca de vista. Não se está defendendo que ele enganou os pais, o diretor, burlou as nove faltas e mais outras coisas politicamente incorretas, mas nos dá aquele gosto que às vezes podemos e até devemos jogar as coisas para o alto e apenas aproveitar o dia.
Nunca há como se esquecer de Ferris em cima do carro cantando Twist and Shout (The Beatles)dos Beatles, enquanto seu pai (um desses caras tranquilões e que vai levar 15 dias para morrer de repente) dançando.
O final é tão clássico que até o Deadpool (2016) o imitou, muito bom! Veja o filme e escolha um day off para você. Veja se consegue fazer pelo menos a metade.
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[1] Lançado nos EUA, 11/06/1986 e no Brasil, 19/12/1986. 
[2] "A quarta parede é a barreira imaginária que separa os personagens do público. A ação de uma peça, filme ou série acontece dentro dessas quatro paredes. Quando essa "caixa" é rompida, acaba a ilusão de que o que se está vivendo (personagem)/ vendo (público) é real. A quarta parede é a barreira imaginária que separa os personagens do público. A ação de uma peça, filme ou série acontece dentro dessas quatro paredes. Quando essa "caixa" é rompida, acaba a ilusão de que o que se está vivendo (personagem)/ vendo (público) é real". BRIDI, Natália. 15 filmes que quebram a quarta parede: Quando o cinema fala com você. 12/02/2016. Omelete. Filmes.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Voltas que o Cinema dá


Por Neilania Rodrigues

Um dia desses eu estava sem ter muito o que fazer e resolvi ligar a Netflix e procurar algo para assistir. Eu tenho que dizer que me divirto muito com algumas classificações que aparecem nesse serviço, como uma que diz: “filmes petrificantes!” É muito engraçado. Em meu perfil tem muitos filmes de terror e suspense que são os meus preferidos. Mas bem, depois de rodar por diferentes tipos de filmes por acaso, encontrei um filme feito que acho que foi feito para a TV, A Vingança de Wyatt Earp, de 2012. Faroeste não é bem o meu gênero, mas tenho alguns preferidos aí também, então resolvi assistir. Mas o interessante desse filme é que tem o Val Kilmer, para quem não lembra, ele foi um dos Batmans, no sonolento, Batman Eternamente, de 1995 e também foi Jim Morrison (numa caracterização impressionante!), no filme The Doors, de 1991. 
A Vingança de Wyatt Earp
Faroeste não é bem o meu gênero, mas tenho alguns preferidos aí também, então resolvi assistir. Mas o interessante desse filme é que tem o Val Kilmer, para quem não lembra, ele foi um dos Batmans, no sonolento, Batman Eternamente, de 1995 e também foi Jim Morrison (numa caracterização impressionante!), no filme The Doors, de 1991.


O que tem esse filme de diferente? Nada. Nessa história, Wyatt Earp, já velho e agora sozinho, após o falecimento de sua amada, concede a um jovem repórter uma entrevista onde relembra um caso de sua juventude. Bem simples. Então porque fiquei interessada? Eu lembrei que o Val Kilmer já havia trabalhado em outro filme também sobre Wyatt Earp, só que naquela produção de 1993, chamada Tombstone, a justiça está chegando, o xerife era interpretado por Kurt Russel, escondido atrás de um gigantesco bigode. O Val era Doc Holliday, amigo de longa data do xerife.
É fascinante essa volta que o mundo do cinema dá. Val Kilmer retornar na pele de Wyatt Earp quase 20 anos depois de ter participado de um filme sobre o mesmo. Foi assim que surgiu a ideia para este post, partindo desse ponto, fui atrás de outras curiosidades sobre filmes e astros.
Assim vamos a algumas dessas curiosidades.
Sherlock
Sabemos que alguns personagens, sejam eles reais, como Wyatt Earp, ou fictícios como Sherlock Holmes sempre são revisitados, às vezes, em séries ou filmes para a TV ou mesmo em produções cinematográficas que de acordo com a grande onda agora, pode se tornar uma franquia dependendo do sucesso.
Sherlock Holmes
Aproveitando que eu já falei sobre Sherlock Holmes, vamos visitar as curiosidades que encontrei envolvendo os quatros intérpretes mais recentes, três ingleses e um americano. Benedict Cumberbach estrela a série da BBC que começou em 2010; Robert Downey Jr. viveu o personagem duas vezes no cinema em 2009 e 2011 e deve voltar para um terceiro. Ian McKellen, que em 2015, apareceu como um velho Holmes desiludido e cansado em Sr. Holmes. Jonny Lee Miller atua na série Elementary desde 2012 para um canal americano. 


Sr. Holmes

Três dos quatro agora fazem parte do universo de heróis, Homem de Ferro, Dr. Estranho e Magneto. E os mesmos três estiveram em produções que retratavam o Rei Ricardo III: McKellen e Downey Jr. atuaram juntos em Ricardo III, de 1995, onde a peça clássica foi modernizada e trazida para o período fascista; e Cumberbach viveu a montagem clássica para a BBC, em The Hollow Crown, 2016.  

Ricardo III
Ricardo III
Outra curiosidade é que Benedict começou Sherlock em 2010 e em 2011 ele estrelou a peça Frankenstein, onde dividiu e alternou os papeis do Dr. Victor Frankenstein e da criatura com Jonny Lee Miller, que se tornaria o Holmes da série americana em 2012. 
E vale lembrar que Robert é um Holmes americano com Watson inglês (Jude Law) e o Jonny, um Holmes inglês com uma Watson americana (Lucy Liu).
Elementary
O icônico Jack Ryan já teve cinco filmes e quatro atores já fizeram o personagem, sendo todos americanos.
Vamos a eles: Harrison Ford e Alec Baldwin que trabalharam juntos em Uma secretária de futuro de 1989. No ano seguinte, Baldwin foi Jack Ryan em Caçada ao Outubro Vermelho (1990), co-estrelado por Sean Connery
Dois anos depois, foi a vez de Harrison Ford encarnar Ryan por duas vezes, em 1992 com Jogos Patrióticos e em 1994 em Perigo Real e Imediato. Em 2001, Baldwin e Ben Affleck trabalharam juntos no filme Pearl Harbor (2001). Adivinha qual personagem o Ben fez no ano seguinte? Pois é, em 2002, Affleck trabalhou com Morgan Freeman em A Soma de Todos os Medos, sendo o Jack Ryan. Pois bem, em 2006, Ben Affleck fez o filme A Última Cartada, no elenco estava Chris Pine. Já deu para entender, não é? Em 2014, Pine se tornou o agente no bom Operação Sombra – Jack Ryan.
Não vamos deixar as mulheres de lado: Rainha Elizabeth I.
Shakespeare Apaixonado
Judi Dench vestiu o manto real no filme Shakespeare Apaixonado de 1998. Cate Blachett foi, por duas vezes, a rainha, em Elizabeth, também de 1998 e depois em Elizabeth, A Era de Ouro, em 2007. As duas atrizes foram indicadas ao Oscar em 1999 pelo mesmo personagem. Cate Blanchett como atriz principal e Judi Dench como coadjuvante. 
Elizabeth

Notes on a scandal 
Judi ganhou naquele ano seu Oscar, mas Cate perdeu para Gwyneth Palthrow. As duas rainhas se encontrariam depois no filme Notes on a scandal (sem título para português) de 2006, no qual as duas foram indicadas ao Oscar, agora invertendo as indicações, Dench para melhor atriz e Cate para coadjuvante, porém ambas perderam. Curiosamente, Judi Dench perdeu o Oscar para Helen Mirren que interpretou a rainha Elizabeth II, no filme A Rainha, 2006. 
Robin Hood
Mais uma? Vamos voltar a Inglaterra: Robin Hood. 
O fora da lei inglês já esteve no cinema várias vezes. Entre os atores que foram o “bandido” estão Kevin Costner em Robin Hood, O Príncipe dos Ladrões de 1991. E em 2010, quem usou o arco foi o ator Russel Crowe, em Robin Hood
O Homem de Aço
Tirando o fato de que nenhum dos dois é inglês, o legal é que eles se encontrariam, mais ou menos em 2013, no filme Homem de Aço. Os dois foram pais do herói, Russel Crowe foi Jor-El, pai biológico do herói e Kevin Costner foi Jonathan Kent, pai adotivo.
Outro caso, agora com Indiana Jones.
A Costa do Mosquito
Em 1986, Harrison Ford fez o filme A Costa do Mosquito, onde ele era um inventor excêntrico que vai para a floresta e leva o filho interpretado por River Phoenix. Em 1989, o diretor Steven Spielberg precisou de alguém para ser o jovem Indiana Jones na continuação da franquia Indiana Jones e a Última Cruzada e o escolhido? River Phoenix.

Indyana Jones
E por fim, todos já estamos cansados de ver comentários sobre Evan Peters e Aaron Taylor-Johnson que trabalharam em Kick Ass de 2010 e depois viveram o personagem Mercúrio em duas produções, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido de 2014 e Vingadores: A Era de Ultron, de 2015. Mas tem uma outra curiosidade envolvendo o Aaron que achei bem mais legal. 
Kick Ass

Mercúrios
Em 1997, Sean Bean (O Senhor dos Anéis: A sociedade do Anel – 2001), foi o Conde Alexei Vronsky em uma produção de Anna Karenina, baseada na obra homônima de Liev Tosltói. Bem, em 2002 ele fez um pintor e pai viúvo no filme para a TV inglesa chamado Tom & Thomas. Quem interpretou o filho de Sean Bean, na verdade, fazendo o papel de gêmeos foi o Aaron Taylor-Johnson, que em 2012, viveu o mesmo Conde Vronsky em outra película que adaptou o clássico literário.
Claro que há muitas outras dessas coincidências engraçadas, mas eu vou ficar por aqui. Essas são as minhas e você tem alguma? Compartilhe com a gente.

domingo, 15 de maio de 2016

Capitão América: Guerra Civil (2016)

Por Neilania e Neivania Rodrigues


Sim, senhoras e senhores, Capitão América: Guerra Civil é mais um dos filmes da franquia da Marvel/Disney, que teve início lá atrás com o Homem de Ferro (2008), sendo este o mais sombrio de todos e, tudo o que foi prometido em Vingadores 2, é concretizado aqui, onde desde o início sentimos um clima de ruptura apesar dos costumeiros diálogos engraçados.
A ideia aqui agora, mais do nunca, é proteger as pessoas de ameaças tais como invasões alienígenas, organizações terroristas (Hydra) e por aí vai. Mas de quem é a responsabilidade pelos danos colaterais? Quem deve responder pelos mortos? 
Capitão América acredita que se deve salvar a maioria de pessoas, e mesmo não sendo possível, não se deve desistir. Ele é um soldado e aceita perdas com a calma de quem já viu acontecer muitas vezes. 
Tony Stark não acha que mortes sejam aceitáveis, como a figura mais pública e financiador do grupo, ele é atormentado por seu passado e por novos fantasmas trazidos a eles pelos que sofreram perdas durante as ações dos Vingadores. 

Stark quer ser um herói, seu ego o impulsiona, mas ele não deseja o lado sombrio dessa situação. É difícil pensar que ele tem uma parcela significativa na tragédia de Sokovia, pois ele ajudou a criar o Ultron, e por atos anteriores, até os atos dos irmãos Maximoff é parte responsabilidade dele. Assim, o tratado de Sokovia vem como uma maneira de transferir as decisões difíceis, além do ônus da culpa pelas eventuais mortes, deixando isso para a ONU. Em outras palavras, os heróis só trabalhariam onde e quando a instituição quisesse, dessa forma se alguém morresse durante as suas missões estaria tudo bem, certo? Errado. Ninguém poderia "reclamar", pois teriam o respaldo da ONU.
Mas tudo isso fica de pano de fundo para se discutir sobre amizade, lealdade, culpa e até amor. As amizades são postas a prova: até onde você pode ir para se manter leal aos amigos? Quem é mais digno de ser ajudado? Até aonde ir para se proteger alguém? As perguntas são lançadas, se serão respondidas a contento ou se todos sairão ilesos ou não, só vendo.

O filme tem um roteiro com reviravoltas interessantes, e o melhor, não escolhe um caminho fácil para finalizar. Na verdade, podemos sentir que tudo o que foi colocado ficou em aberto aguardando um novo episódio.

sábado, 14 de maio de 2016

Divertida Mente (2015)


“Já pensou o que se passa na cabeça de uma pessoa? Eu sei, pelo menos, a da Riley.” E assim começa essa animação que é um dos filmes da Pixar[1] que mais diverte a criançada e que os psicólogos piram.
Riley é uma garotinha que terá que se adaptar a uma nova vida quando se muda para outro estado com os pais. A história se passa dentro, na mente da garotinha precisamente, e fora da personagem também. Nela, vemos que decisões tomadas sem um motivo aparente podem ser apenas mecanismos de defesa, como não comer brócolis, por exemplo, que tem uma aparência, talvez não muito agradável para as crianças.

Na mente da pequena Riley, a primeira a nascer é a Alegria e existe um painel com apenas um botão e, após a primeira memoria ser criada, passa por engrenagens bem complexas. Logo em seguida, a menina cresce e o painel aumenta com uma maior quantidade de botões e engrenagens mais complexas ainda. Seus sentidos: Alegria, Medo, Raiva, Nojinho e Tristeza reagem e trabalham, muitas vezes em conjunto, outras... nem tanto.

A criação de memorias base são aquelas que remetem a um momento importante da vida da pessoa e, cada uma molda um aspecto da personalidade, como a ilha da família, por exemplo. Isto é, essa ilha é todo o significado de família que a pessoa tem. A perda de alguns desses sentimentos como a alegria ou a tristeza torna a pessoa apática, depressiva. Riley sofre por não sentir nem alegria ou tristeza, apenas raiva, medo e nojo. 

Isso ocorre quando a Alegria tenta salvar as memórias básicas da Riley da Tristeza que insiste em tocá-las. A aventura adentra pela cabeça da menina que mostra lugares no mínimo inusitados tais como: a máquina para compreender sentimentos abstratos incompreendidos, como a solidão, onde são fragmentados, desconstruídos, se tornam bidimensionais e, por fim, tornam-se formas simples até desaparecerem (eu acho); a terra da imaginação; o subconsciente, onde são levados (objetos, pessoas) que causam problemas e também se guardam os piores medos; o lugar da produção dos sonhos; e o local que é um achado (!), a terra do esquecimento, várias lembranças que ficam lá desbotam até desaparecer.

O filme abre várias discussões tais como: o ser humano pode ser feliz o tempo todo? Ou ficar triste todo o tempo? Ou do mesmo jeito ter medo o tempo todo? O que é preciso para ser feliz de verdade? Segundo Buda, o caminho certo é o caminho do meio. O equilíbrio do ser e da alma.
Não é só na cabeça de Riley que mostra o que se passa, mas comicamente é mostrada a cabeça da mãe, do pai e do futuro pretendente da Riley. Muito, muito bom!!





Na mente da mãe... 


Na mente do pai... 


Na mente do garoto...









[1] Pixar Animation Studios é uma empresa de animação digital norte-americana pertencente à The Walt Disney Company.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Goosebumps: monstros e arrepios (2015)

Diversão garantida para a sessão da tarde
Por Neilania Rodrigues


O que torna um filme bom? Bem, uma combinação de boa química do elenco, boa história (se não for original que seja pelo menos divertida e bem contada) e, principalmente, a capacidade de deixar trechos gravados na memória, podem ser momentos ou falas, sabe aquele pedacinho que quando você lembra depois ainda consegue sorrir (ah, referências). E por falar em referências ou easter eggs (ovos de páscoa) vários estão disponíveis para você neste filme. 

Goosebumps é assim. Este filme lançado em 2015 passou rapidamente por aqui e não fez muito barulho mundialmente (considerando o que é fazer barulho hoje!). Mas esta engraçada película baseada na obra de R. L. Stine, que admito não conhecer, tem aquele sabor de sessão da tarde de quando eu era moleca (hum... enchi os olhos de lágrimas!).
Tia colorida e mãe monocromática.
A história é simples: Zach Cooper (Dylan Minnette) e sua mãe Gale (Amy Ryan) mudam-se para a cidade de Madison, Delaware para recomeçar a vida após a morte de seu pai. Sua tia Lorraine Cooper (Jillian Bell) já mora na cidade e tem uma loja de roupas (veja o figurino colorido dela). Chegando lá, Zach conhece a vizinha Hannah (Odeya Rush) por quem fica interessado logo de cara, mas o jeito esquisito do pai da garota, R. L. Stine (Jack Black), pode atrapalhar tudo. Em meio a isso ele precisa se adaptar à nova cidade (bem diferente de Nova Iorque), a escola (onde sua mãe será a vice-diretora), arranjar novos amigos, tentar conquistar seu interesse amoroso e ainda combater uma invasão de monstros que saíram de dentro de livros. Ufa! Só isso, vai ser mole!
R. L Stine, Zach, Champ e Hannah.
O senhor arrepio: Jack Black está muito bem como R. L. Stine. Ele é um homem estressado, sempre pronto para fugir de suas próprias criações e do mundo ao redor. Ele também é a voz do boneco Slep, que no filme é uma representação assustadora do próprio Stine.


Fugindo do lobisomem do pântano.
Mocinhos aventureiros: Hannah é uma mocinha digna das grandes aventuras juvenis, ela é engraçada, destemida, inteligente e que tem respostas rápidas. Ela quer sair e conhecer o mundo, não tem receio de falar com o vizinho novo e nem de levá-lo para explorar o lugar. Zach está tentando conquistar a moça e não se importa de arranjar problemas pra isso, mas não fica o tempo todo babando em cima dela. O relacionamento vai se desenvolvendo junto com a correria, o mundo não para por causa deles e isso é bom pois não quebra o ritmo.
Mocinha descolada!.
Personagens sem noção: todos tem um pouco disso no filme, mas Champ (Ryan Lee, que também está no bom Super 8, de 2011) e a tia Lorraine são insuperáveis (embora ele tenha mais momentos, ela não fica por baixo!). Com eles estão os melhores momentos do filme. Champ (diminutivo de Champion, é mole?!) e Lorraine são muito parecidos, nenhum dos dois está interessado em emoções fortes, querem apenas encontrar um par, que para Champ pode ser qualquer garota.
Melhores momentos: tem vários. Quando Lorraine chega para encontrar a irmã Gale e Zach, e ela vai falar sobre como o sobrinho está bonito agora é um dos meus preferidos. Você lembra daquela tia maluca que sua mãe convida para a sua festa só para te fazer vergonha na frente dos seus amigos, contando aqueles momentos embaraçosos da infância que você deseja ardentemente esquecer.
Ou quando Lorraine e Zach estão casa no dia da festa e ela resolve contar ao sobrinho suas aventuras amorosas. Outro desses é quando Zach e Champ invadem a casa de Stine para saber o que aconteceu com Hannah. E Champ explica para Zach como ele é diferente dos outros jovens, pois nasceu com o benefício do medo. Enfim, poderia citar mais momentos, e até mesmo as falas, pois há muitas e bastante engraçadas.
Enfim, há muitas boas razões para assistir a este bem amarrado filme juvenil: aventura, romance, comédia, é escolher seu motivo, fazer a pipoca e aproveitar!